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O clima do inverno pode ser um vilão para os pets

Umidade exacerbada, junto à combinação entre frio e chuva, oferecem o risco de os pets terem doenças típicas da estação

O frio, a chuva e toda a umidade acumulada nos últimos dias tem alterado a rotina dos animais de estimação e de seus tutores. Como os seres humanos, os pets também sofrem com as baixas temperaturas e com uma doença típica do inverno: a gripe.

No mundo canino, ela é chamada de traqueobronquite infecciosa canina (ou tosse dos canis). É a doença de maior incidência nesta época do ano. Para gatos, o nome do perigo é rinotraqueíte. A transmissão se dá por via respiratória, sempre entre seres da mesma espécie. O tratamento é simples, estruturado em analgésicos e anti-inflamatórios. É preciso ficar atento aos sintomas. Se o pet apresentar tosse seca, como se fosse engasgar, nariz escorrendo, infecção ocular, falta de apetite e está quieto demais, provavelmente ele está gripado.

Gripe hoje não causa maiores preocupações. “Existem vacinas que protegem os bichos por um ano”, explica a veterinária Fernanda Dutra. A primeira imunização exige uma segunda aplicação, que é feita 21 dias depois da primeira dose.

Há dois anos, o gerente administrativo Gerson de Paula, 26, viu suas duas cadelas ficarem gripadas ao mesmo tempo. Tilica, uma golden retriever, caiu doente dias depois que a pinscher Nina apresentou os sintomas. “Percebi que algo estava errado quando ficaram quietas por dois dias e tossiam com frequência. O veterinário me explicou que elas deviam ter contraído o vírus de cães que vivem soltos nos arredores”, conta. Vacinada, a dupla não teve mais gripe.

Campanhas de prevenção tentam atingir um público que ainda carece de informação, como o comerciante Lauro Santana, 32. Suas duas cadelas bichon frisé, Ruanita e Carla, não estão protegidas contra a gripe. “Eu nem sabia dessa vacina.”

Já levar os pets para passear no inverno pode ser um drama. Ventos frios, chuva e poças d’água são fatores que fazem qualquer um repensar um passeio. “O uso de roupinhas é recomendado”, diz a veterinária. “O ideal é passear em lugares onde o contato com outros animais é zero e nos horários mais quentes do dia.”

Os pelos são a proteção natural dos animais e contribuem para que os bichos sintam menos os efeitos do frio. O empresário Clóvis Arruda, 46, teve de levar a lhasa apso Remy para tosar depois que seus pelos ficaram embaraçados. “Dias depois o frio chegou pra valer e agora ela está sofrendo bastante, pois não gosta de usar roupinhas”, relata.

Para os animais, a tosa é uma questão de saúde. Mesmo com as temperaturas baixas, deve ser feita como em qualquer outra estação do ano. “Há quem pense que colocar uma roupa resolve o problema depois de um corte rente ao corpo”, afirma o veterinário Marcelo Camargo. “Deixar a veste por semanas resulta em embaraços, focos de bactérias”, alerta.

Tal conduta pode ainda gerar infecções. As roupinhas são aconselháveis, mas, antes de dormir, as peças devem ser retiradas e o pelo do animal, escovado, para evitar que fique embaraçado. Camargo constata, em seu pet shop, que no inverno aumenta a opção pela tosa higiênica. “É a mais indicada. Além de acertar os pelos, ela garante a higienização de patas (unhas), ouvidos e genitais.” Outra opção é o corte com tesoura para quem aposta no visual típico das raças.

Banho, sim ou não?
“A frequência de banhos até aumenta no inverno”, diz a veterinária Valquíria Oliveira. O segredo, de acordo com a profissional, é não deixar os pets molhados para evitar fungos. “Cuidado na hora de secar. Os secadores para cabelos podem queimar a pele dos bichos. Nos pet shops, há equipamentos com jatos de ar quente e com pressão para retirar toda a água. Há também a opção do banho seco, com sprays e lenços umedecidos.”

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